sábado, 21 de maio de 2011

Desastre de Chernobyl na Ucrânia, 1986 e Desastre Cési-137 no Brasil em Goiânia, 1987


No ano de 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.


Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo.


Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat.

Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado.

Para alguns especialistas, a dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear.

Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada. 

Apesar de todos estes esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.
Por Rainer Sousa

No mês de setembro de 1987, a violação de uma Bomba de césio-137( utilizada no tratamento do câncer), por sucateiros que estava abandonada nos escombros do antigo Instituto de Goiano de Radioterapia (IGR) da cidade de Goiânia, no Brasil, mata quatro pessoas e contamina 249. Três outras pessoas morreriam mais tarde de doenças degenerativas relacionadas à radiação.  “Não há progresso sem energia e é preciso preparar o futuro com grande antecedência”. Pois bem, era o que preconizava um dos itens do programa energético brasileiro na década dos anos 80. Pois muito bem, o anunciado futuro, antecipar o fim de vários brasileiro, ceifando-lhes a vida com o “pó” da morte, como ficou conhecido o césio-137 que outrora combatia câncer, agora por fatalidade ou negligência tira-lhes á vida.
               No entanto o desleixo brasileiro, trás a tona um acidente radiativo de grande gravidade e tão vergonhoso, entrando para a historia nuclear em todo o mundo como o maior desastre radiológico do planeta. O acidente teve como causa a negligência das autoridades, que não tiveram o necessário cuidado ao desativar um aparelho de radioterapia, e a “ignorância” do proprietário do Ferro Velho Auto Mecânico. Levando deste feito, a contaminação de várias pessoas e o meio ambiente A Bomba ou a cápsula de césio 137, era constituída por um cilindro de aço inoxidável com um revestimento duplo de chumbo.  A cápsula do césio possuía 3 cm de comprimento e 90 gramas de massa. O material radioativo estava no interior deste cilindro. Para fins terapêuticos, a cápsula tinha uma janela, pela qual passava a radiação gama utilizada no tratamento do câncer. Está janela permitia, também, que se pudesse observar alguma luminescência, fazendo com que a cápsula brilhasse no escuro. Foi à curiosidade despertada por este brilho fosforescente que levou à abertura da cápsula, liberando assim o 137Cs em pó. A cápsula foi arrombada no quintal da casa de um dos sucateiros e estava colocada sobre um tapete, à sombra de uma mangueira. O pó de 137Cs foi colocado dentro de um vidro e levado para dentro de casa, onde foi guardado em um armário. Entretanto, uma parte do pó não foi recolhida, ficou no chão. As chuvas que caíam no local, na época do acidente, ajudaram o solo na absorção do pó radioativo, ocasionando sua contaminação. A mangueira, sob a qual a cápsula foi violada, também foi contaminada. O pó de césio, radioativo e fosforescente, não era frio nem quente, não tinha cheiro, não criava gases, enfim, era aparentemente inofensivo. As pessoas se admiravam com o pó brilhante, pegavam-no com as mãos e uma criança, achando-o parecido com purpurina, o passou em seu corpo. O pó inclusive foi ingerido por esta criança, que além da contaminação externa era constantemente irradiada, devido à contaminação interna. Por onde as pessoas contaminadas andavam, espalhavam mais a contaminação ou, pelo menos, irradiavam as pessoas nesses locais. Assim o pó de 137Cs se alastrou rapidamente.
               O acidente chegou ao conhecimento público somente quando um médico suspeitou que as queimaduras de alguns de seus pacientes poderiam ter sido causadas por radiações, o que foi prontamente confirmado por um físico ao medir os níveis de radiação dos pacientes.
                A imprensa divulgou o caso, as autoridades se mobilizaram e foram chamados para Goiânia médicos, físicos e especialistas em radiações do Brasil e alguns do exterior. O pânico se espalhou pela cidade de Goiânia, cuja população não foi devidamente informada sobre os possíveis desdobramentos do acidente. Ao ver prédios inteiros sendo evacuados e barricadas impedindoa entrada nos bairros vizinhos ao ferro velho, por onde andavam apenas técnicos vestidos com estranhas roupas, à população previu o pior. A partir do exemplo de Goiânia, a Comissão de Energia Nuclear (CNEN) recolheu fontes similares à do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), que apresentava o Césio-137 aglutinado em uma matriz altamente solúvel, o que facilitou a contaminação. Hoje, são usadas fontes metálicas e um acidente como o de Goiânia dificilmente ocorreria.
 A descontaminação produziu aproximadamente dez toneladas de lixo contaminado. São roupas, móveis, animais, árvores, restos de solo, paredes de casas e partes da pavimentação de ruas contaminados que estão enterrados e protegidos por paredes de 40 cm de espessura.
Mais sinopses sobre O maior desastre radiológico do planeta: O acidente nuclear de Goiânia
(Fonte: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1680480-maior-desastre-radiol%C3%B3gico-planeta-acidente/


Tem alguns posts com alguns relatos do césio-173 e de chernobyl



Um comentário:

  1. OI prof adooooooooooooorei o blog e´ bem interessante e´ bom as vezes ter um bom conteudo mais uma seguidora nao esquece da minha nota ein gostei :D

    Amanda L., 2ºB - José Marques da Cruz

    ResponderExcluir