sexta-feira, 16 de setembro de 2011

As imagens mais vistas do mundo

Série com as imagens mais vistas da história. Imagens espetaculares que marcaram os acontecimentos geradores de tensão e transformação históricas. Todas as imagens são equivalentes no poder de marcar o registro em sua época, por isso, não as cataloguei por valor.
Muitos fatos permanecem inesquecíveis na memória de que os viveu e muitos suscitam divagações de como teria sido estes momentos tão únicos e transformadores . Quem viveu entre os anos de 1970 a 1990, por exemplo, presenciou uma das épocas mais transformadoras registradas da história. Infelizmente nem tudo foi registrado e antes destas décadas o acesso às imagens tornam-se mais difíceis, portanto, de maior valor agregado.



(Sharbat Gula) “Garota afegã”
Steve McCurry,National Geographic 1984



"Assassinato de um Vitcong pelo chefe da
policia de Saigon" Eddie Adams 1968
                                     




                                                  "Hindenburg" Murray Becker, 1937
                                                      

                                                         "Times Square, 1945", "O beijo"
                                                                 Alfred Eisenstaedt, 1945
                                                  


                                                 "Migrant Mother" Dorothea, 1936
                                                      

                                                    "Le Violon d' Ingres" Man Ray, 1924


"Gandi e a roda girando"
Margaret Bourke-White,1946


"O protesto do Monge" - Malcolm Browne, 1963


Atentado ao Word trade Center


"Napalm Girl" -' Huynh Cong Út
junho / 1972


"Dalí Atomicus" Philippe Halsman, 1948


Iwo Jima - Joe Rosenthal - february / 1945


Estudante desafia tanques
Tiananmen Square / 1989 - Stuart Franklin


"Omaha Beach, Normandy, France"
Robert Capa, 1944


"Einstein com a língua de fora"
Arthur Sasse, 1955


"The Reichstag" Yevgeny Khaldei, 1945


Guerra Civil

A queda do Muro de Berlim


John Lenon e Yoko Ono


Massacre dos Judeus


Olimpíadas de Munique


A última foto da Princesa Diana


Marlin  Monroe


A Explosão da Challenger


A Viagem do Titanic


Beatles em Londres


"Gue Guevara" Alberto Korda
Março / 1960


A Morte de John Kennedy


"Criança sudanesa vigiada pelo urubu"
Kevin Carter-1994


Pablo Picasso

Muito bom! Uma divertida sátira do horário eleitoral e, de quebra, uma ajudinha pra vc aprender história do Brasil República com Oscar Filho - Rapper

sábado, 10 de setembro de 2011

11 de setembro o dia que mudou a História mundial - Houve falhas ao combate, e muitas, essa foi só uma de tantas outras...

Vitima da falta de preparo,dos EUA, no combate ao terrorismo...

Maher Arar foi preso em 26 de setembro de 2002 no aeroporto JFK, em Nova York, ao fazer uma escala na volta das férias. Aos 32, casado, com dois filhos, o engenheiro canadense nascido na Síria seria interrogado por um suposto laço com a Al Qaeda.
Era o início da "Guerra ao Terror". Acorrentado, posto em um avião e levado à Síria, sua rotina nos doze meses seguintes alternariam a solitária e a tortura. Nunca houve acusação formal.
Solto após o governo canadense intervir, provou-se inocente. Esta é a história que o assombra desde então.
Leia a íntegra do depoimento:
*
A maior parte dos flashbacks que eu tenho do ano que passei na Síria é com os sons das mulheres na cela ao lado e o choro do bebê que estava lá com a mãe. Mesmo aqui, toda a vez que ouço um bebê chorar, eu me lembro desses bebês.
Estar em uma cela ao lado de um bebê, trazido para a prisão com sua mãe, era uma tortura em si. Havia vezes em que as mães gritavam para pedir leite, e eram xingadas.
Chris Wattie/Reuters - 5.jul2004
Imagem mostra Maher Arar durante inquérito em Ottawa em 2004; sírio-canadense foi torturado na Síria após 11 de setembro de 2001
Imagem mostra Maher Arar durante inquérito em Ottawa em 2004; sírio-canadense foi torturado na Síria após 11 de setembro de 2001
A outra coisa que não se apaga da minha memória é a reação das pessoas enquanto eram torturadas. Mesmo estando no porão, quando a tortura era intensa, dava para ouvir. Algumas vezes nos levavam para a parte de cima, para a sala de interrogatório, e enquanto você esperava sua vez, ouvi os outros sendo torturados.
É engraçado você perguntar isso, porque as pessoas sempre perguntam sobre a minha tortura, e, é claro que eu lembro dela, mas eu não estava sozinho.
E toda vez que eu falo com alguém que esteve na mesma situação, eles se lembram da tortura alheia. É uma forma de tortura em si.
Sabe, a minha única memória viva da minha tortura é de quando ela começava. O interrogador entrava na sala, sem dizer palavra. Fazia um sinal para que eu abrisse a palma de uma das mãos, me batia com um cabo, depois repetia com a outra.
Quando você está sozinho na cela você tem todo o tempo do mundo para prestar atenção no que está acontecendo ao lado.
Minha mulher e eu temos tentado evitar esse assunto com as crianças. Agora, porém, meus filhos já têm idade para fazer pergunta.
A coisa que mais me chama a atenção é meu filho, que tem nove anos agora, e ainda tem muito medo de quando eu saio de casa.
Se eu saio no início da noite, ele sempre pergunta, "aonde você está indo? aonde?". Ele tem medo que eu não volte, é a reação dele. Sempre quer saber aonde vou e que horas volto. Minha filha lida um pouco melhor, não sei por quê. Acho que é a idade. Ela tinha seis anos quando isso aconteceu, meu filho tinha alguns meses. Ele ainda me pergunta como é a prisão, o que acontecia.
Algumas vezes eu vejo os comentários que as pessoas fazem sobre a minha história na internet, e tem gente que diz coisas como "quisera eu ter sido enviado para a Síria por um ano e receber milhões em indenização".
Tem gente que diz que foi "só um ano". As pessoas não percebem que é um negócio que durará sua vida toda. Porque a marca da tortura física muitas vezes passa. Mas a psicológica perdura. Isso me surpreendeu. Eu não sei quando vai acabar.
E o estrago que faz na sua reputação, é algo com que você convive todos os dias. Mesmo quando as coisas não têm base em fatos. Psicologicamente, você está arruinado, você sempre vai tentar ver o mundo dessa prisão que é ter sido acusado de.
As pessoas às vezes acham que porque o inquérito provou que eu era inocente, eu posso apertar um botão e mudar de fase. Na real, eu também acreditei nisso, ingenuamente. Mas não é assim. Vou ser honesto: a minha relação com as pessoas é de amor e ódio. Vou te dar um exemplo concreto. Uma vez eu estava na rua, e encontrei o diretor de uma empresa [Maher é engenheiro de telecomunicações].
Ele vem e me diz um monte de palavras de apoio --o que é uma coisa bem comum, as pessoas me reconhecem, e dizem isso. Mas aí, na relação de trabalho a coisa muda. Eu perguntei para esse mesmo diretor se ele me ofereceria trabalho na empresa dele. Ele pensa duas vezes. Sabe?
Palavras de apoio são só palavras, as pessoas pensam duas vezes antes de contratar. Isso dói, eu sou alguém que sempre me identifiquei pelo meu trabalho, a minha carreira era meio mundo para mim. Dói.
Eu meio perdi a esperança em achar um emprego, apesar de ter qualificações, apesar de minha área ser uma área em expansão. Decidi voltar a estudar. Acho que foi uma boa decisão, porque me ajudou a restabelecer a confiança em mim, em parte.
Acabei meu doutorado faz um ano e meio. Mas não procurei emprego depois, porque eu não quero mergulhar na depressão de novo, que era o que acontecia, toda vez que eu era rejeitado eu ficava mal, não conseguia comer, dormir, falar com as pessoas.
Tem gente que me diz hoje, "ah, agora vai ser diferente". Mas não vai. Com a indenização, a gente se vira. Não quero enfrentar toda a coisa da rejeição de novo, era horrível, eu não gosto nem de pensar. É isso que a minha vida virou, você entende? Minha vida, a da minha mulher, as dos meus filhos. Isso.
Um monte de gente não percebe o que significa ser acusado.

Quando eu voltei para o Canadá [em 2003], surgiram uns vazamentos do pessoal de segurança contra mim. Responder às acusações, fazer campanha pública [para promover o debate sobre o assunto], enfrentar o inquérito foi, em muitos momentos, uma tortura maior do que o que eu passei na Síria.
Um ano na Síria, ok, começa e termina. Minha batalha continua. Os primeiros cinco anos foram um pesadelo, pesadelo, pesadelo. As pessoas não conseguem nem imaginar o que passamos. É como... é... A melhor maneira de descrever é "inferno".
No começo, mudamos algumas vezes de endereço, mas por conta de não achar emprego. Estávamos vivendo de assistência social --o que, aliás, era humilhante, para um casal que estudou. Nunca achei que aconteceria comigo. Depois minha mulher arrumou um emprego.
Acho que as pessoas no Canadá têm a cabeça um pouco mais aberta do que nos EUA. Claro que tem exceções, mas o canadense médio se importa mais com justiça social do que o americano médio.
Não sei se é algo cultural. Mas o canadense médio também se informa um pouco mais sobre esses assuntos. Recebi um pedido de desculpas do governo canadense, mas nunca do governo americano. E nunca houve uma acusação formal, sabe?
Eu comecei a revista [Prism] em janeiro do ano passado, teve altos e baixos.
Comecei a revista porque minha experiência me mostrou que a mídia no Canadá e nos EUA se tornou (...) a cobertura deles relacionada à segurança nacional e terrorismo se tornou muito rasa.
Normalmente investigar, escrever uma história complexa sobre segurança, consome tempo. E havia tantas imprecisões na cobertura, não só no meu caso como em outros, que podem ser muito destrutivas para os indivíduos envolvidos.
Achei que precisávamos de algo, fosse um site, uma revista, que fizesse essa apuração mais a fundo, com gente que tivesse experiência no assunto. A Prism então preencheria esse vácuo.
As etiquetas que colam às pessoas são muito perigosas. Se você pegar uma reportagem descrevendo um atentado cometido por um muçulmano, a religião vira o foco.
Você vê termos como "terrorismo islâmico", coisas assim, enquanto se for cometido por um não-muçulmano, seja cristão ou o que for, a religião não é mencionada, e quando é, não é enfatizada.
Isso faz diferença. Falar em terrorismo islâmico atribui o terrorismo à religião, e se isso sai um milhão de vezes, é claro que vai ficar na cabeça das pessoas.

Claro que a mídia é [responsável pela falta de conhecimento das pessoas em relação a essas questões].
Os rótulos usados, a islamofobia, a mídia contribuiu para inflamar esse sentimento anti-islâmico. O que aconteceu na Noruega, por exemplo, não aconteceu do dia para a noite. Eu vi, aliás, como o [suspeito] foi descrito: como atirador de direita, até fundamentalista, mas não como terrorista cristão.

E que diferença faz se ele é cristão? Não culpo os ativistas por estarem pessimistas, ou cansados. O trabalho que eles fizeram nos últimos dez anos foi enorme. E o que eles conseguiram mudar parece tão pequeno, mesmo sob [Barack] Obama. Mas eu acredito em pessoas, não em governos.
Quem diria, um ano atrás, que a população no Oriente Médio ia se levantar contra seus ditadores? Às vezes a gente acha que as pessoas são complacentes ou indiferentes, mas elas podem ter raiva do que acontece.
No Ocidente, as pessoas costumam achar que são imunes ao que está acontecendo lá por viverem em democracia. Mas algumas políticas adotadas deste lado do mundo nos últimos dez anos emulam políticas ditatoriais, sobretudo no que diz respeito ao acesso à informação.
As pessoas se esquecem que ditaduras não nascem da noite para o dia. Somos nós que temos de fazer valer nossos direitos.
É claro que a reação americana ao 11 de Setembro feriu a democracia. Essa coisa de dois pesos e duas medidas... Hoje as pessoas no Oriente Médio podem responder aos EUA, "bom, vocês nos repreendem, mas vocês mandaram gente aqui para ser torturada".

terça-feira, 12 de julho de 2011

atividade desenvolvida pela aluna Thaísa Souza Pereira - 2ºB - sobre o filme: "Tempos Modernos" filme: Charlie Chaplim -

1) Qual é o tema central do filme?
Resposta: Revolução Industrial, expondo de forma clara e objetiva como tudo aconteceu, a grande evolução que ocorreu na sociedade, as mudanças ligadas ao desenvolvimento da tecnologia, a substituição do homem pela máquina, retrata também o que isso causou no ver da sociedade e as manifestações, greves que se propuseram à fazer.

2) Quais as ameaças impostas pela vida moderna as quais o personagem de Charlie Chaplin fica exposto?
Resposta: Ficou exposto a perder o valor como trabalhador por uma máquina, a sua desvalorização na Industria, pois com a ideia de uma forma nova e mais eficiente de trabalho, já não seria mais necessário efetuar seus serviços, porém ainda trabalhava, mas, o rendimento econômico próprio se perdia.

3) O homem ainda é dominador ou será que as máquinas estão em processo de igualdade?
Resposta: Com certeza as máquinas entraram em processo de igualdade, desde da revolução industrial até hoje em dia o trabalho do homem já não mais tão procurado como fora no início dos tempos.

4) Como é retratada a classe trabalhadora no filme?
Resposta: No início é retratada como a grande maioria, mas depois com o surgimento de novas formas de trabalho, muito mais acessíveis, essa grande maioria foi reduzida e passou a ser desvalorizada, justamente por não precisar mais de tanto trabalho artesanal e sim manual.

5) Qual o sistema de trabalho é caracterizado e criticado no filme?
Resposta: A divisão do trabalho após a substituição quase total do homem por uma máquina, mais ágil e moderna, sendo assim a mudança do artesanato para o mecanizado.

6) Na sua concepção os personagens caminham para onde? Para onde vai levar a estrada que aparece no final do filme?
Resposta: Como no final Charlie incentiva a mocinha a não parar de lutar pelo seus direitos, acredito que à partir dali, seguem o rumo para uma nova cidade/estado/país ou um vilarejo qualquer, onde possam reconstruir sua vida de uma forma digna e renegar a ideia de substituição total do seu trabalho por uma máquina, expondo dessa maneira à todos, não somente aos donos das máquinas e indústrias, que o homem com seu trabalho individual e artístico também é capaz de dar lucro, porque afinal a base para essa evolução não foi assim.


sábado, 21 de maio de 2011

Trágico e Cabuloso - Césio 137 - Linha Direta (parte 1)

Desastre de Chernobyl na Ucrânia, 1986 e Desastre Cési-137 no Brasil em Goiânia, 1987


No ano de 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.


Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo.


Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat.

Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado.

Para alguns especialistas, a dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear.

Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada. 

Apesar de todos estes esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.
Por Rainer Sousa

No mês de setembro de 1987, a violação de uma Bomba de césio-137( utilizada no tratamento do câncer), por sucateiros que estava abandonada nos escombros do antigo Instituto de Goiano de Radioterapia (IGR) da cidade de Goiânia, no Brasil, mata quatro pessoas e contamina 249. Três outras pessoas morreriam mais tarde de doenças degenerativas relacionadas à radiação.  “Não há progresso sem energia e é preciso preparar o futuro com grande antecedência”. Pois bem, era o que preconizava um dos itens do programa energético brasileiro na década dos anos 80. Pois muito bem, o anunciado futuro, antecipar o fim de vários brasileiro, ceifando-lhes a vida com o “pó” da morte, como ficou conhecido o césio-137 que outrora combatia câncer, agora por fatalidade ou negligência tira-lhes á vida.
               No entanto o desleixo brasileiro, trás a tona um acidente radiativo de grande gravidade e tão vergonhoso, entrando para a historia nuclear em todo o mundo como o maior desastre radiológico do planeta. O acidente teve como causa a negligência das autoridades, que não tiveram o necessário cuidado ao desativar um aparelho de radioterapia, e a “ignorância” do proprietário do Ferro Velho Auto Mecânico. Levando deste feito, a contaminação de várias pessoas e o meio ambiente A Bomba ou a cápsula de césio 137, era constituída por um cilindro de aço inoxidável com um revestimento duplo de chumbo.  A cápsula do césio possuía 3 cm de comprimento e 90 gramas de massa. O material radioativo estava no interior deste cilindro. Para fins terapêuticos, a cápsula tinha uma janela, pela qual passava a radiação gama utilizada no tratamento do câncer. Está janela permitia, também, que se pudesse observar alguma luminescência, fazendo com que a cápsula brilhasse no escuro. Foi à curiosidade despertada por este brilho fosforescente que levou à abertura da cápsula, liberando assim o 137Cs em pó. A cápsula foi arrombada no quintal da casa de um dos sucateiros e estava colocada sobre um tapete, à sombra de uma mangueira. O pó de 137Cs foi colocado dentro de um vidro e levado para dentro de casa, onde foi guardado em um armário. Entretanto, uma parte do pó não foi recolhida, ficou no chão. As chuvas que caíam no local, na época do acidente, ajudaram o solo na absorção do pó radioativo, ocasionando sua contaminação. A mangueira, sob a qual a cápsula foi violada, também foi contaminada. O pó de césio, radioativo e fosforescente, não era frio nem quente, não tinha cheiro, não criava gases, enfim, era aparentemente inofensivo. As pessoas se admiravam com o pó brilhante, pegavam-no com as mãos e uma criança, achando-o parecido com purpurina, o passou em seu corpo. O pó inclusive foi ingerido por esta criança, que além da contaminação externa era constantemente irradiada, devido à contaminação interna. Por onde as pessoas contaminadas andavam, espalhavam mais a contaminação ou, pelo menos, irradiavam as pessoas nesses locais. Assim o pó de 137Cs se alastrou rapidamente.
               O acidente chegou ao conhecimento público somente quando um médico suspeitou que as queimaduras de alguns de seus pacientes poderiam ter sido causadas por radiações, o que foi prontamente confirmado por um físico ao medir os níveis de radiação dos pacientes.
                A imprensa divulgou o caso, as autoridades se mobilizaram e foram chamados para Goiânia médicos, físicos e especialistas em radiações do Brasil e alguns do exterior. O pânico se espalhou pela cidade de Goiânia, cuja população não foi devidamente informada sobre os possíveis desdobramentos do acidente. Ao ver prédios inteiros sendo evacuados e barricadas impedindoa entrada nos bairros vizinhos ao ferro velho, por onde andavam apenas técnicos vestidos com estranhas roupas, à população previu o pior. A partir do exemplo de Goiânia, a Comissão de Energia Nuclear (CNEN) recolheu fontes similares à do Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), que apresentava o Césio-137 aglutinado em uma matriz altamente solúvel, o que facilitou a contaminação. Hoje, são usadas fontes metálicas e um acidente como o de Goiânia dificilmente ocorreria.
 A descontaminação produziu aproximadamente dez toneladas de lixo contaminado. São roupas, móveis, animais, árvores, restos de solo, paredes de casas e partes da pavimentação de ruas contaminados que estão enterrados e protegidos por paredes de 40 cm de espessura.
Mais sinopses sobre O maior desastre radiológico do planeta: O acidente nuclear de Goiânia
(Fonte: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1680480-maior-desastre-radiol%C3%B3gico-planeta-acidente/


Tem alguns posts com alguns relatos do césio-173 e de chernobyl



domingo, 15 de maio de 2011

Que tipo de cidade se deseja? Partida ou integrada? Com ou sem engarrafamentos monstruosos? Que tipo de transporte queremos?



Quem associa metrô à invasão dos bárbaros não tem direito de exigir bons serviços públicos.
Não quero metrô perto de casa porque... bem, porque não preciso. Tenho carro e motorista. A minha família tem vários carros. Com o metrô ao lado, o bairro se degrada, se adensa. Somos mais abordados por pessoas flutuantes. Vem uma gente diferenciada de outros lugares. Vem drogado, mendigo, camelô. E com isso mais roubo, mais violência. Quem pensa e fala assim é uma minoria não esclarecida e barulhenta da zelite do Sudeste. Haja preconceito, egoísmo e ignorância.
O vocabulário e os argumentos são tão toscos e tortuosos que o movimento contra o metrô em áreas chiques de São Paulo e do Rio de Janeiro virou motivo de chacota na internet. Um churrascão com farofa, cachaça e som portátil foi convocado para este fim de semana em frente ao Shopping Higienópolis, bairro paulistano elegante de 55 mil moradores. É um protesto popular contra a cegueira de alguns.
O estopim foi o plano de mudar a estação prevista na esquina da Rua Sergipe com a Avenida Angélica, a principal do bairro. Em agosto do ano passado, a psicóloga Guiomar Ferreira, de 55 anos, há 25 em Higienópolis, comprava vinho quando resolveu abrir a boca: “Eu não uso metrô e não usaria. Isso vai acabar com a tradição do bairro. Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente diferenciada...”
O que poderia ser uma opinião isolada virou um abaixo-assinado de 3.500 moradores. Eles não precisam de metrô. Mas reclamam do trânsito caótico e precisam muito de pobres. Cozinheira, passadeira, faxineira, motorista e jardineiro chegam às casas dos patrões em transporte público. E penam em ônibus lotados, precários e caros.
Dona Guiomar não representa todos os ricos do bairro. Mas ela e seus colegas da Associação Defenda Higienópolis fizeram tanta pressão que, inicialmente, conseguiram mudar o metrô para o Pacaembu, onde ele atenderia menos passageiros. Não se sustenta a alegação oficial de “critérios técnicos” para a mudança. É tão óbvio que o poder público cedeu ao lobby de moradores influentes que já se estuda um terceiro lugar para a estação da discórdia. O mais grave de tudo é o governo colocar o interesse de uma minoria acima do bem coletivo.
Que tipo de cidade se deseja? Partida ou integrada? Com ou sem engarrafamentos monstruosos? Que tipo de transporte queremos? O elitista, obsoleto e poluidor “um carro para uma pessoa” ou um transporte digno de massas? “Massa” inclui o operário, a empregada, o professor, o estudante, a madame, o profissional liberal, o empresário. É assim no Primeiro Mundo. Turistas brasileiros elogiam as redes de metrô na Europa e nos Estados Unidos. Preferem hospedar-se perto de uma estação, por conforto. O que os torna tão cegos quando voltam ao patropi?
Não é só em São Paulo que alguns tentam se fechar em seu gueto, como se adiantasse. Acontece também no Rio, onde ricos convivem com favelas. Moradores do Quadrilátero do Charme em Ipanema, que reúne as maiores grifes da cidade, são contra a futura estação de metrô na Praça N. Sa. da Paz. Um abaixo-assinado diz que a primeira estação do bairro, na Praça General Osório, “trouxe um adensamento insuportável, e o morador perdeu o direito a sua praia no fim de semana”.
“Não podemos deixar que o nosso bairro vire um despejadouro de gente que vai usá-lo e deixar o bagaço”, continua o abaixo-assinado. “Não somos contra o metrô, mas Ipanema é um bairro pequeno, onde as pessoas fazem tudo a pé.” As pessoas quem, cara pálida? Essa última declaração não é só provinciana, é uma tolice mesmo. Então ninguém sai de Ipanema? Se alguém quer ir ao centro da cidade, faz o quê? Pega o carro importado com vidros pretos na garagem e enfrenta o trânsito, xinga o seu próximo, estaciona em fila dupla e deixa a chave com o flanelinha ilegal.
É natural que a população queira ordem, segurança e limpeza. Mas muitas vezes é a classe alta que promove as badernas. Quem associa metrô à invasão dos bárbaros não tem a menor noção do que significa viver em comunidade nem tem o direito de exigir serviços públicos de qualidade. É uma gente diferenciada.

 protesto em São Paulo por mais metrô


"Só nado de metrô em NY, Londres e Paris"


Protestantes fazem churrascão da "gente diferenciada"




"protestante com faixas"


Churrasco da "gente diferenciada"