A cruz,
desde os primórdios, foi o símbolo maior do cristianismo; ainda que
considerada, em alguns momentos, negativamente, ou seja, como sinônimo de
maldição. Ainda durante o primeiro século, a cruz se firmou como símbolo da fé
no crucificado – Jesus.
No Brasil, porém, a coisa não se deu de maneira tão harmonioso. Segundo o historiador R. J. Sturz, o evangelho entrou na América Latina, e principalmente no Brasil, de maneira lenta e conturbada. Depois de algumas tentativas frustradas, os primeiros evangélicos conseguiram autorização para erguerem seus templos nas terras de santa cruz (comandada religiosamente pelo catolicismo romano). A permissão veio por meio de um acordo firmado entre Portugal e Inglaterra.
O historiador conta que “uma das cláusulas do tratado comercial, assinado com a Inglaterra em 1810, foi que Portugal permitiria a construção de casas de adoração para os estrangeiros, contanto que não tivessem a aparência de igrejas. O uso da cruz na parte exterior dos prédios foi expressamente proibido”, e completa lembrando que “um ponto interessante a ser notado na história é que muitos evangélicos no Brasil continuam inflexivelmente opostos ao uso da cruz em seus templos”.[1]
Assim, o autor mostra que o não uso da cruz em templos evangélico não é uma questão doutrinária, mas uma questão histórica. Esse quadro tem sido mudado pelos movimentos neo-pentecostais, que já usam a cruz em seus templos, internamente.
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