sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Violência no Rio de Janeiro: Arnaldo Jabor falando sobre a violência no Rio a um ano atrás, que ironia heim... pois nada mudou... nada se fez...



Não se combatem coisas concretas, combatem-se abstrações, combatem-se a violência e não o bandido pede-se paz e não a lei parece que falar em lei não pega, disse que tolerância zero não faz bem ao espírito tropical.
Em um discurso, o presidente lula falou em “degradação social pela perda de valores, que precisa ser resolvido a parti de casa, disse que o crime precisa ser combatido com a mão forte do estado”, parece que o país fingiu não ouvir, porque continua passando no sinal fechado, estacionando nas calçadas, jogando lixo no chão, fazendo barulho para os vizinhos, sonegando e desrespeitando a faixa de pedestre,  em suma, enfraquecendo a lei que quer que o proteja,  aqui não há cultura, de que cada um é defensor da lei e a lei fica desamparada e ai vai se contornado o problema, enquanto ele nos domina, palavrório substitui a ação, crime virou CRIMINALIDADE,  dando  mais tempo ao bandido, enquanto se pronuncia ao palavrão para inflar a estatística do horror.
Pense sobre!!!  De quem a culpa de tudo isso??? Pare e Reflita!!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

“Igualdade racial é respeitar a sua identidade e criar oportunidade” 20 de novembro. Dia da Consciência Negra...



Ao incluir o Dia da Consciência Negra no calendário escolar, a lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, não propiciou apenas um resgate da história dos povos negros. Foi bem além. Ensejou a necessidade de um novo olhar sobre culturas que, ao contrário da postulação ocidental, não colocam a questão da Verdade, de conteúdos absolutos e inarredáveis, de essências escondidas atrás de formas ou aparências. Sua riqueza é de outra ordem. E talvez este seja o significado mais profundo do dia 20 de novembro: memória e resistência como possibilidades históricas.
Para os que estudam a cultura afro-brasileira, é importante registrar a dinâmica de suas origens. Nelas, observamos uma espécie de culto da forma pela forma, algo como a valorização das dimensões plásticas. Seus mitos, rituais, danças, jogos e orações não remetem a quaisquer referências que lhes sejam exteriores, não expressam "outra coisa", não são aparências de uma essência. Portanto não podem ser “decifrados”, “interpretados" ou "descobertos", como ainda pretendem algumas de nossas teorias da cultura, herdeiras do ranço etnocêntrico do velho colonizador.
Na verdade, do ponto de vista dos afro-descendentes, as expressões artísticas são mais para serem percebidas sensorialmente, vistas com a Alma, do que para serem "entendidas". Existe, portanto, uma defasagem entre aquilo que se quer dizer de um lado, e o que se consegue transmitir na realidade. É exatamente neste espaço que o negro brasileiro consegue criar as coisas mais bonitas de sua produção simbólica e de maior valor para sua negritude.
Ser negro no Brasil de 2010 é, culturalmente, assumir a Alma Popular: é pensar a partir do ponto de vista do povo. É, sobretudo, estabelecer sintonia ideológica com as classes sociais que foram exploradas durante nossos 510 anos de história. O grande saque que se iniciou com a invasão portuguesa, por causa do pau-brasil, continuou e prosperou até depois da Independência, sempre a beneficiar os brancos. Consolidou-se com a Abolição/Proclamação da República, e continua até os nossos dias.
No terceiro milênio, da perspectiva do negro, a paz, objetivo perseguido por toda a espécie humana, passa necessariamente pela resolução dos problemas que o grande saque, ocidental e cristão, criou para a negritude. No Dia da Consciência Negra, é preciso repudiar a História do Brasil como um suceder de arranjos, combinações, "jeitinhos" em que o conflito nunca aparece ou, se vem à tona, é considerado como "coisa externa à nossa gente".
O processo de desestruturação do mito da “democracia racial” no campo teórico tem avançado muito nos últimos anos. Já no terreno social e da luta política, apesar das políticas públicas implementadas recentemente, o atraso ainda é considerável. Por isso, é necessário resgatar a memória histórica dos negros, em todos os tempos e sentidos. Olurun Eke, para que a República seja proclamada em definitivo.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Os preconceitos são a razão dos imbecis. Abaixo o preconceito contra o nordestino. Por Tânia Alves filha de nordestino com muito orgulho



Apesar de estar viajando não hesitei em escrever sobre um assunto que fiquei sabendo, em uma conversa descompromissada. Tudo começou quando comentei que estava lendo o livro 1808 de Laurentino Gomes, e comentávamos da vinda da corte portuguesa aqui para o Brasil.
Comentei que a corte antes de ir para a cidade do Rio de Janeiro, passou na Bahia e por lá ficou uma semana, e que tinha sido pura estratégia política de D.João passar pela Bahia, “terra de todos os santos”, e então começamos a falar sobre nordestino e foi comentado sobre a digníssima “Mayara Petruso”, que fez publicações no se Twuitter, publicações essas  catastróficas sobre o nordestino, e imaginar que a “garota” é estudante de direito, portanto essa semana, mesmo aqui nesse paraíso não consegui evitar em pensar sobre o assunto e aborda-ló em meu blog para que possa discuti-ló em sala de aula.   
Então Mayara Petruso publica em seu Twitter: “Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado”. O show de preconceito de Mayara foi uma reação irritada e burra à vitória de Dilma Rousseff no Nordeste. Além de perder seu estágio e ser processada pela OAB de Pernambuco, “a garota”, conseguiu outra façanha. Despertou uma onda de comentários de ódio e preconceito contra os paulistas. O que não falta hoje na rede é gente como a gente, intolerante e racista.
Pensei em muita coisa que já li sobre o sertanejo, mesmo porque sou com muito orgulho filha de sertanejo, pensei em Euclides da Cunha, quem em Os sertões escreveu que “o sertanejo é antes de tudo um forte”. Alguém duvida disso? Eu não sou prova viva disso, mas para quem duvida, podemos então pensar na seca, a separação de parentes pela migração, a falta de terra, a renda menor, a oportunidade cavada á base de luta e provação, tudo isso faz deles resistentes. Não estão apenas no Nordeste. Os nordestinos estão nas portarias, construções e nos restaurantes do Rio de Janeiro e de São Paulo. A convivência no “Sul maravilha” é intensa e enriquecedora. Música, comida, festas, danças, crenças, literatura, quantas trocas podem ser feitas entre cá e lá, todos brasileiros falando a mesma língua?
Do Nordeste veio o baiano Jorge Amado. O alagoano Graciliano Ramos. O pernambucano Melo Neto. A cearense Rachel de Queiroz. O paraibano José Lins do Rego. Vieram Caetano, Gal e Bethânia. É sem fim a contribuição cultural dos nordestinos.
Mas o preconceito existe na cabeça de muitas Mayaras por aí. Um sentimento escondido que essa moça escancarou. Numa eleição em que o presidente Lula estimulou a rixa e a animosidade entre ricos e pobres, sul e norte, é normal que os ânimos continuem acirrados. Anormal é todo esse ódio e desprezo de uma estudante, e logo de Direito.
Em seu perfil no twitter, ela escreveu: “Dêem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalhava pra sustentar os vagabundos que fazem filhos pra ganhar o bolsa 171”. É ofensivo, triste e dá vergonha.
Mesmo assim, muitos outrso internautas se animaram com Mayara e pediram “câmara de gás no Nordeste matando geral” ou então sugeriram “separar o Nordeste e os bolsas vadio do Brasil”. É xenofobia em alto grau. O significado original de “xenofobia” é preconceito com estrangeiro, mas se aplica a esse caso. Essa turma parece considerar os nordestinos um povo estranho e inferior.
Os comentários da estudante de Direito no Twitter são crime contra os nordestinos.
Mayara tampouco sabe fazer conta. Mesmo sem os votos do Nordeste, Dilma seria a nova presidente do Brasil. Entre os paulistas, ela teve uma votação expressiva e ganhou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Para os tucanos fanáticos, porém, o recado do Nordeste nesta eleição fou um acinte: Dilma teve mais de 70% dos votos, uma vantagem de 10,7 milhões somente nessa região. E isso representa quase toda a diferença obtida no país. Por isso, Mayara partiu para cima dos nordestinos e virou a antiestrela da maior diversão na rede: achincalhar, caluniar, difamar.
O lado bom é que o gesto parece não ter ficado impune. A estudante responderá por crime de racismo e de incitação a homicídio, segundo a OAB de Pernambuco. E a pena é de dois a cinco anos de prisão, mais multa. Mayara talvez precise ser advogada em outro país. Na Inglaterra pode ficar difícil, pois o caso foi parar em detalhe num dos jornais mais importantes de Londres, o Daily Telegraph.
O lado ruim é que detonou uma campanha de ódio contra os paulistas. Não sei até que ponto a justiça reage com a mesma presteza contra quem demonstra preconceito contra ricos e brancos. Mas os paulistas estão sendo chamados de “bestas” e “gente que não trabalha” e “volta em palhaço”. Chega desse besteirol étnico. A eleição terminou.
Vamos deixar que o espetáculo pobre fique por conta dos políticos, em sua guerra por cargos e boquinhas. Tão excitados estão os parlamentares – paulistas, cariocas, nordestinos e sulistas – que deixaram às moscas e sem quorum, na semana passada, os salões do Congresso Nacional. Isso sim vale uma campanha no Twuitter. Voltem ao trabalho, congressistas!!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Exercício de História - 8º ano colégio atualidade

Analise o fragmento abaixo e depois responda ao que se pede:
O nosso caráter, o nosso temperamento, a nossa organização toda, física, intelectual e moral, acham-se terrivelmente afetada pelas influências com que a escravidão passou trezentos anos a permear a sociedade brasileira. A empresa de anular essas tendências é superior, por certo, aos esforços de uma só geração, mas, enquanto essa obra não estiver concluída, o abolicionismo terá sempre razão de ser.
                                                                  Joaquim Nabuco. O Abolicionismo. 1883.

Nesse trecho, Joaquim Nabuco, um dos principais líderes abolicionistas da década de 1880, sugere que o fim da escravidão é necessário não apenas pela “barbaridade” que representa em relação aos cativos, mas por ser responsável por efeitos nefastos na sociedade, na política e na economia brasileira. Para o autor, não se impunha somente a necessidade de eliminar o cativeiro dos escravos, mas também de regenerar as influências da escravidão na sociedade brasileira.
A respeito desse assunto, faça um texto em seu caderno, citando três efeitos (um na sociedade, um na política e um na economia) negativos que a escravidão, aos olhos dos abolicionistas, possa ter criado no Brasil ao longo de seus trezentos anos de existência.

domingo, 7 de novembro de 2010

Bullying - "RODEIO DAS GORDAS" - Unesp




Universitários que “montam” à força em colegas gordas, numa competição para ver “qual peão” fica mais tempo sobre as meninas, são o retrato cru de uma sociedade doente e sem noção. O “rodeio das gordas” aconteceu em outubro em jogos oficiais de uma universidade importante, a UNESP, em São Paulo – não em algum rincão remoto. Não envolveu capiau nem analfabeto. Foi a elite brasileira, a que chega à universidade. Estamos no século XXI e assistimos perplexos à globalização da ignorância moral.
Mais de 50 rapazes, da Universidade Estadual de São Paulo, organizaram o ataque às gordas num evento esportivo e cultural com 15 mil universitários. Uma comunidade no Orkut definiu as regras: “Todo peão deve permanecer oito segundos segurando a gorda”; “gordas bandidas são mais valiosas”; “o corpo da gorda tem que ser grande, bem grande”. Os estudantes se aproximavam das meninas como se fossem paquerá-las. Aproveitavam para agarrá-las e montar nelas, e as que mais lutavam contra a agressão eram apelidadas de “gordas bandidas”. Uma referência ao touro Bandido, personagem da novela AMÉRICA. “A cada coice tomado, o peão guerreiro ganha 1 ponto”, anunciava o site relacionamento.
Com essa atitude sites e blogs foram invadidos por comentários indignados. Mas também li muitos homens aplaudindo “a criatividade” dos estudantes.
Fiquei pensando! Quem são os pais e as mães desses rapazes? A maior responsabilidade é da família. O que fez ou onde estava quem deveria tê-los educados com valores mínimos de cortesia e respeito ao próximo? Jovens e adultos que agem assim foram, de algumas maneira, ignorados por seus pais ou receberam péssimos exemplos em casa e na comunidade onde cresceram.
Acabei fazendo uma ligação com vários acontecimentos, como por exemplo, meninas adolescentes, numa escola paulista em Mogi das Cruzes, trocaram socos. A mais agredida, de 14 anos, disse: “Alguns têm dó, mas outros ficam rindo porque eu apanhei”. Em Brasília, uma estudante usou a lâmina do apontador para navalhar o rosto e o pescoço da colega. No Rio de Janeiro, uma professora foi presa por manter relações sexuais com uma aluna de 13 anos. A loira da UNIBAN, Geisy Arruda, posou pelada, sem o micro vestido rosa - choque, mostrando que tudo acaba na busca de fama e uns trocados.
Penso que esta mais que na hora de adultos pensarem com cautela se querem colocar um filho no mundo. Se querem cuidar de verdade dessa criança. Ouvir, conversar, beijar, brincar, educar, punir, amparar, dedicar um tempo real para acompanhar seu crescimento, suas dúvidas e inquietações. Descaso, assédio moral e físico contra crianças, brigas entre pai e mãe, separações litigiosas podem levar a tragédias como a que matou a menina Joanna. Submetida a maus tratos e negligência, Joanna talvez tenha simplesmente desistido de continuar no inferno em que se transformara sua vida aos 5 anos de idade.
Bem não sou nem um pouco moralista. Mas a sociedade mergulhou numa disputa de baixarias. As competições escancaradas na TV aberta, sob a chancela de “entretenimento”, estimulam a humilhação pública e a indignidade humana. Comer pizza de vermes e minhocas vivas, deixar ratos e cobras passear pelo corpo de uma moça de biquíni, resistir a vômitos, como prova de determinação e bravura, isso é exatamente o quê? Me pergunto!
Expor pessoas ao ridículo, enaltecer o lixo, a escória, em canais abertos a crianças e adolescentes... não seria inaceitável numa sociedade civilizada? Diante de alguns programas televisivos, o “rodeio das gordas” pode parecer brincadeira. MAS NÃO É.