sexta-feira, 11 de maio de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
ATIVIDADE DE HISTORIA 8° ANO José Chediak A independencia dos Estados Unidos
1)
Quais seriam as possíveis justificativas para os EUA ser a nação mais poderosa
do mundo?
2)
Quando se iniciou o processo de colonização da América inglesa?
3)
Quem eram os “pais peregrinos”, e por que eles estavam vindo para a América?
4)
O que foi a política do self-government?
5)
Apresente todas as características das colônias de povoamento e de exploração.
6)
Qual vai ser o principal fator dos movimentos de resistência dos colonos
ingleses da América?
7)
No que consistiam as varias leis impostas pela Inglaterra aos colonos
americanos. Explique a Lei do Açúcar, Lei do Selo, Lei do Aquartelamento e a
Lei do Chá.
8)
Quais eram as práticas defendidas pelos Iluministas e que vão se espalhar pela
América, incentivando a independência?
9) Qual era proposta das leis editadas em 1767 pelo 1º ministro Charles Townshend?
10)
Explique por que aconteceu na Boston Tea Party.
11)
Qual foi a principal decisão do segundo congresso da Filadélfia?
12)
Quanto tempo vai se passar entre a decisão de independência e o reconhecimento
de independência pela Inglaterra?
13)
Qual vai ser a participação da França neste processo de independência das colônias
inglesas na América?
14)
Explique o federalismo republicano sistematizado pela Carta Constitucional dos
EEUU.
15)
Qual é o principal principio defendido pela Constituição dos EUA.
16)
Explique a Marcha para o Oeste, e quais foram os fatores que explicam este
expansionismo?
17)
Explique a Doutrina do Destino Manifesto.
18) Quais foram os quatro mecanismos para a incorporação das terras dos EUA?
Respostas:
1- Eles têm várias
multinacionais o clima é bom pra agronomia, e é um país rico. É um pais
desenvolvido com IDH, PIB e expectativa de vida alta. Possui índice de
industrialização extremamente elevado. Depois da conquista, foram descobertas
varias jazidas de ouro, o que acabou engordando os cofres norte-americanos,
tornando o país uma das maiores economias mundiais. A política econômica bem
sucedida implantada nos Estados Unidos, que seria a república federativa:
dotada do poder central forte que atribuía relativa dose de autonomia aos
estados membros. O sistema presidencialista e a divisão dos três poderes
(executivo, legislativo e judiciário).
2- O início da colonização da América do norte
pelos ingleses deu-se a partir da concessão real a duas empresas privadas: A
Companhia de Londres, que passou a monopolizar a colonização das regiões mais
ao norte, e a Companhia de Plymonth, que recebeu o monopólio dos territórios
mais ao sul. Dessa maneira dizemos que a colonização foi realizada a partir da
atuação da "iniciativa privada". Porém subordinadas as leis do
Estado.
3- Os “pais peregrinos”
foi um grupo de puritanos que deixaram a Inglaterra em 1620. A bordo do navio
Mayflower, onde escreveram o “Mayflower Compact”, um pacto entre os imigrantes
se comprometendo a estabelecer leis igualitárias e justas quando chegassem no
Novo Mundo.
4- Foi a de
estimular a autonomia dos colonos, desde os primeiros tempos acostumados a uma
vida livre.
5- Colonização de
povoamento: mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas
propriedades e produção para o consumo do mercado interno.
Colonização de
exploração: eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto
Colonial. Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a
exportação para a metrópole e monocultura.
6- A
criação/aumento de uma série de impostos em todo o Império Britânico.
7- Lei do Açúcar -
1764: Elevando os preços do produto para os colonos.
Lei do Selo -
1765: Todas as publicações (jornais impressos em geral) são selados e, por
isso, têm os seus preços elevados.
Lei do
Aquartelamento: todo o colono norte-americano era obrigado a fornecer moradia,
alimento e transporte para os soldados ingleses.
Lei do Chá – 1773:
concedia o monopólio do comércio do chá à Companhia de Comércio das Índias
Orientais.
8- A defesa da liberdade
individual e o respeito aos direitos fundamentais do ser humano.
9- Lei Townshend -
1767: - Aumentar para os colonos os impostos sobre os vidros, chá, corantes,
papel, entre outros.
10- Houve a
eclosão em 1773 da Lei do Chá, que favorecia os comerciantes ingleses,
dando-lhes o monopólio do mercado desse produto nas treze colônias. A companhia
transportaria o chá diretamente das Índias para a América. Os comerciantes
norte-americanos tiveram grande prejuízo. A resposta americana teve lugar em
Boston, no episódio conhecido como Boston Tea Party, quando americanos
(comerciantes) vestidos como índios saquearam navios ingleses, jogando ao mar
sua carga de chá.
11- Os
representantes das 13 Colônias publicam em 4 de julho a Declaração da
Independência dos Estados Unidos, redigida por Thomas Jefferson.
12- Decisão de
declaração da independência das 13 colônias inglesas na América foi em 4 de
julho de 1776. Somente em 1783, entretanto, a Inglaterra reconheceu a
independência das 13 colônias da América do Norte. Ou seja, 7 anos.
13- A de ajudar,
enviando tropas para lutar e armas.
14- A 1ª
Constituição dos EUA adota a república federativa presidencialista como forma
de governo, houve a separação dos poderes em Executivo, Legislativo e
Judiciário, e o estabelecimento de direitos civis e políticos, como a liberdade
de expressão, de imprensa, de crença religiosa e de reunião, a inviolabilidade
do domicílio e da correspondência, e o direito a julgamento.
15- Garantir a
propriedade privada (interesse da burguesia), manter a escravidão, optar pelo
sistema de república federativa e defender os direitos e garantias individuais
do cidadão.
16- Foi a expansão
da colônia inglesa para a porção oeste da América do Norte. A Marcha para o
Oeste foi à incorporação de territórios interioranos pelos colonos pioneiros e
desbravadores, que faziam a fronteira mover-se sempre um passo além. Fatores
que motivaram e favoreceram esta expansão:
• A escassez de terras na faixa atlântica;
• A possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu imigrantes europeus;
• A necessidade do Norte, em faze de industrialização, de conseguir matérias-primas e alimentos;
• A corrida do ouro;
• A conquista de áreas de pastagens para os rebanhos;
• A construção de ferrovias, que permitia a aplicação lucrativa de capitais e integrava os mercados, assegurando o comércio para a produção agrícola.
• A escassez de terras na faixa atlântica;
• A possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu imigrantes europeus;
• A necessidade do Norte, em faze de industrialização, de conseguir matérias-primas e alimentos;
• A corrida do ouro;
• A conquista de áreas de pastagens para os rebanhos;
• A construção de ferrovias, que permitia a aplicação lucrativa de capitais e integrava os mercados, assegurando o comércio para a produção agrícola.
17- É o pensamento
que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para
comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento
da vontade Divina.
18- Mecanismos de Conquista
a) Compra de Territórios
Pelo Tratado de
Versalhes, 1783, firmado com a Inglaterra, o território dos Estados Unidos
abrangia da Costa do Atlântico até o Mississipi.
No século XIX, essa realidade se altera consideravelmente.
Em direção ao Oeste aparece o território da Louisiana, colônia francesa, que Napoleão Bonaparte - devido às guerras na Europa e Antilhas, Haiti - negociou com os norte-americanos por 15 milhões de dólares (1803).
A Flórida foi comprada dos espanhóis, em 1819, por cinco milhões de dólares. A Rússia vendeu o Alasca aos Estados Unidos por sete milhões de dólares.
No século XIX, essa realidade se altera consideravelmente.
Em direção ao Oeste aparece o território da Louisiana, colônia francesa, que Napoleão Bonaparte - devido às guerras na Europa e Antilhas, Haiti - negociou com os norte-americanos por 15 milhões de dólares (1803).
A Flórida foi comprada dos espanhóis, em 1819, por cinco milhões de dólares. A Rússia vendeu o Alasca aos Estados Unidos por sete milhões de dólares.
b) Diplomacia
A anexação de Óregon - Noroeste -, colônia inglesa, região que despertou pouco interesse até 1841, foi cedida aos americanos em 1846.
A anexação de Óregon - Noroeste -, colônia inglesa, região que despertou pouco interesse até 1841, foi cedida aos americanos em 1846.
c) Guerra
O Sudoeste americano pertencia ao México. A conquista desse território ocorreu através da guerra.
Em 1821, os colonos americanos passaram a colonizar esse território com autorização do governo mexicano, que exigiu-lhes a lealdade e a adoção da religião católica por parte dos pioneiros.
A dificuldade encontrada pelo México na consolidação do Estado Nacional refletiu-se em conflitos internos e no estabelecimento de ditaduras, como a de Lópes de Sant'Anna. Esses fatos impediram um efetivo controle sobre essa região, outrora concedida. Dessa maneira, o Texas estava fadado a compor os Estados Unidos, o que ocorreu em 1845, quando os colonos norte-americanos ali estabelecidos declararam a independência do território em relação ao México e a sua incorporação aos Estados Unidos.
A guerra estendeu-se até 1848, quando foi assinado o Tratado de Guadalupe-Hidalgo, que estabelecia o Rio Grande como linha fronteiriça entre o México e o Texas, além da cessão da Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado aos Estados Unidos, por 15 milhões de dólares.
Em 1853, foi completada a anexação de territórios do México com a incorporação de Gadsden. Metade do território mexicano havia sido perdida para os Estados Unidos. Lázaro Cárdenas, presidente mexicano (1934-1940), em relação ao imperialismo norte-americano comentou: "Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos".
O Sudoeste americano pertencia ao México. A conquista desse território ocorreu através da guerra.
Em 1821, os colonos americanos passaram a colonizar esse território com autorização do governo mexicano, que exigiu-lhes a lealdade e a adoção da religião católica por parte dos pioneiros.
A dificuldade encontrada pelo México na consolidação do Estado Nacional refletiu-se em conflitos internos e no estabelecimento de ditaduras, como a de Lópes de Sant'Anna. Esses fatos impediram um efetivo controle sobre essa região, outrora concedida. Dessa maneira, o Texas estava fadado a compor os Estados Unidos, o que ocorreu em 1845, quando os colonos norte-americanos ali estabelecidos declararam a independência do território em relação ao México e a sua incorporação aos Estados Unidos.
A guerra estendeu-se até 1848, quando foi assinado o Tratado de Guadalupe-Hidalgo, que estabelecia o Rio Grande como linha fronteiriça entre o México e o Texas, além da cessão da Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e parte do Colorado aos Estados Unidos, por 15 milhões de dólares.
Em 1853, foi completada a anexação de territórios do México com a incorporação de Gadsden. Metade do território mexicano havia sido perdida para os Estados Unidos. Lázaro Cárdenas, presidente mexicano (1934-1940), em relação ao imperialismo norte-americano comentou: "Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos".
d) A guerra de extermínio contra
os indígenas
As maiores vítimas da marcha para o Oeste foram os indígenas. Estes encontravam-se em estágios de pouco desenvolvimento se comparados aos astecas, maias e incas, daí sua dificuldade para resistir ao domínio e força dos brancos europeus.
Os norte-americanos acreditavam que, além de serem os predestinados por Deus a ocuparem todo o território, deveriam cumprir a missão de civilizar outros povos. Nesse sentido, contribuíram decisivamente para o extermínio da cultura e da pessoa física do indígena.
As tribos do Sul, mais desenvolvidas, proporcionam uma resistência maior à ocupação do branco. No entanto, a única opção das tribos indígenas foi a ocupação de terras inférteis em direção ao Pacífico, até o seu extermínio.
De acordo com o "herói" americano, o general Armstrong Custer, considerado como o "grande matador de índios", "o único índio bom é um índio morto".
As maiores vítimas da marcha para o Oeste foram os indígenas. Estes encontravam-se em estágios de pouco desenvolvimento se comparados aos astecas, maias e incas, daí sua dificuldade para resistir ao domínio e força dos brancos europeus.
Os norte-americanos acreditavam que, além de serem os predestinados por Deus a ocuparem todo o território, deveriam cumprir a missão de civilizar outros povos. Nesse sentido, contribuíram decisivamente para o extermínio da cultura e da pessoa física do indígena.
As tribos do Sul, mais desenvolvidas, proporcionam uma resistência maior à ocupação do branco. No entanto, a única opção das tribos indígenas foi a ocupação de terras inférteis em direção ao Pacífico, até o seu extermínio.
De acordo com o "herói" americano, o general Armstrong Custer, considerado como o "grande matador de índios", "o único índio bom é um índio morto".
quarta-feira, 21 de março de 2012
Thor e Wanderson FECHAM O QUE OS DOIS TEM EM COMUM!!!
Os dois têm, em comum, o nome estranho e improvável e a nacionalidade brasileira.
Thor e Wanderson.
O resto são diferenças que jamais os levariam a se encontrar. Thor, 1%, para usar a expressão consagrada no protesto Ocupe Wall St, anda num carro de quase 3 milhões de reais, uma McLaren. As multas por excesso de velocidade que Thor recebeu no período “probatório”, em que o motorista é testado logo depois de receber carteira de motorista, deveriam tê-lo impedido de dirigir. Mas regras no Brasil não costumam ser aplicadas para o 1%. A família de Thor tem dinheiro e as conexões que isso traz: não há muito tempo, o governador do Estado tomou carona no helicóptero do pai de Thor, um homem cuja maior ambição não é ser o homem mais sábio do mundo, ou o mais feliz, ou o mais generoso — e sim o mais rico, um recordista de moedas.
Wanderson é o 99%. Bicicleta em vez de McLaren, e não por modismo ou por consciência ecológica. Simplesmente por necessidade. Feio por não ter a boniteza outorgada pelo dinheiro: não poderia comprar o corpo de jogador de rugby adquirido por Thor com duas horas de exercícios diárias, e nem as roupas, e nem os produtos de beleza. Pobre não pode aspirar a grandes feitos estéticos, e nem pequenos, para ser franco.
Contra todas as probabilidades, Thor e Wanderson, com suas vidas paralelas e opostas, acabaram se encontrando na noite de sábado, numa estrada. Foi um encontro rápido. Thor em sua McLaren e Wanderson em sua bicicleta. Thor mal viu Wanderson. Salvo em circunstâncias excepcionais, os 99% são invisíveis.
No final da reunião relâmpago, Wanderson estava em pedaços, destruído pela McLaren. A imprudência, segundo o pai de Thor, foi de Wanderson. Não há surpresa nisso porque no Brasil a culpa sempre foi dos 99%.
E agora Thor retoma sua vida de herdeiro enquanto Wanderson lentamente vai desaparecendo de nossas mentes e de nossas conversas até ser devolvido à miserável invisibilidade em que esteve imerso até o breve encontro de sábado à noite.
quinta-feira, 15 de março de 2012
PRÉ-HISTÓRIA NA AMÉRICA - ENSINO MÉDIO
A pré-história ou história pré-cabralina do Brasil se refere a uma etapa da História do Brasil que se inicia com o primeiro povoamento do território atualmente compreendido pelas fronteiras do Estado Nacional brasileiro (iniciado, acredita - se hoje, há 60 000 anos),[1] e termina no ano de 1500, canonicamente estabelecido como o “descobrimento do Brasil”.[2] Existem diversos problemas relativos a essa periodização convencional e aos nomes com os quais ela opera. Em primeiro lugar, Pré-História é um termo combatido hoje em dia pelos acadêmicos, pois parte de uma noçãoeurocêntrica de mundo, na qual os povos sem escrita seriam povos sem história (o prefixo “pré” traduz a ideia de anterioridade, ou seja, a Pré-História seria o período “Anterior à História”). No Brasil, essa situação é ainda mais grave, uma vez que a História é normalmente vinculada à chegada do colonizador europeu, desta forma ignorando que osindígenas tivessem uma história própria.[2] Por essa razão, costuma-se hoje denominar esse período da história brasileira como Pré-Cabralino. A ideia de descobrimento parte igualmente de resultado de perspectivas etnocêntricas, pois ignora que o território onde se instalaram os portugueses a partir do século XVI já havia sido descoberto e colonizado por numerosas e diversas etnias. Além disso, nem os americanos nem os portugueses de 1500 concebiam o “Brasil” da forma como o concebemos hoje, razão pela qual a nomenclatura antiga deveria ser evitada.
A Pré-história tradicional geralmente se divide em: Paleolítico, Mesolítico e Neolítico Mas, atualmente, a empregabilidade dessa periodização tem sido revista no mundo todo. No Brasil, alguns autores preferem trabalhar com as categorias geológicas de Pleistoceno e Holoceno.[3] Nesse sentido, a periodização mais aceita se divide em: Pleistoceno(Caçadores e Coletores com pelo menos 12 mil anos) e Holoceno, sendo que este último pode ser denominado por Arcaico Antigo (12 mil a 9 mil anos atrás), Arcaico Médio (9 mil a 4500 anos atrás) e Arcaico Recente (a partir de 4 mil anos atrás), normalmente relacionado à agricultura e ao desenvolvimento da cerâmica.
Serra da Capivara
Área de maior concentração de sítios pré-históricos do continente americano e Patrimônio Cultural da Humanidade - UNESCO. Contém a maior quantidade de pinturas primitivas sobre rocha do mundo. Estudos científicos confirmam que a Serra da Capivara foi densamente povoada em períodos pré–históricos. Os artefatos encontrados apresentam o registro do homem há 50.000 anos.
O Parque Nacional Serra da Capivara se localiza no Estado do Piauí, ao Sul. Possui vários sítios arqueológicos e o Museu do Homem Americano.
Ao longo de 14 trilhas e 64 sítios arqueológicos abertos à visitação, encontramos tesouros, como os pedaços de cerâmicas mais antigos das Américas, de 8.960 anos. No circuito dos Veadinhos Azuis, podemos encontrar quatro sítios com pinturas azuis, a primeira desta cor descoberta no mundo.
Situado em uma região de clima semi-árido, fronteira entre duas grandes formações geológicas - a bacia sedimentar Maranhão-Piauí e a depressão periférica do rio São Francisco -, seu relevo é formado por serras, vales e planícies. É o único Parque Nacional do domínio morfoclimático das caatingas, o que ressalta a necessidade de conservação e restauração da flora. O Parque abriga fauna e flora específicas.
Desde a colonização, o Parque Nacional Serra da Capivara foi utilizado pelas populações vizinhas que neles caçavam, plantavam e retiravam a madeira. Essa população, extremamente pobre e sem nenhuma fonte de trabalho, além da exploração dos recursos naturais, vive na Área de Preservação Permanente, uma faixa limítrofe com dez quilômetros de largura.
[editar]
Manejo do parque
A Fundação Museu do Homem Americano, ao elaborar o Plano de Manejo do Parque, estabeleceu uma política de proteção que inclui a integração da população circunvizinha do parque às ações de preservação. Implantou um projeto de desenvolvimento econômico e social que visa educar e preparar as comunidades para que possam participar do mercado de trabalho que o parque está criando na região: obras de infra-estrutura, manejo e turismo ecológico e cultural.
As condições essenciais para a proteção do parque são a erradicação da miséria e da fome e a criação de novas formas de trabalho alternativo. O Plano de Manejo considera a população atual como um dos elementos dos ecossistemas a serem preservados e propõe que o Parque Nacional seja o motor de criação de recursos econômicos, em uma área onde a seca impiedosa limita ao extremo a agricultura e a criação.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
O OVO DA SERPENTE - A VIOLÊNCIA QUE TODOS VÊEM E POUCOS PERCEBEM - POR LEONEL BRIZOLA 1992
O ovo da serpente
A violência que todos
vêem e poucos percebem
Durante uma semana – de 5 a 11 de janeiro de 1992 – uma equipe
de pesquisadores acompanhou toda a programação da Rede Globo. Foram examinados
meticulosamente 77 programas, entre filmes, seriados, novelas, humorísticos,
variedades, noticiários e infantis. Os pesquisadores permaneceram 114 horas e
33 minutos diante da televisão. Da totalização final, foram excluídos os
programas jornalísticos para separar o que é noticiário da programação escolhida
deliberadamente pela própria emissora.
O que estes pesquisadores encontraram foi uma verdadeira escola do crime e da violência. Naquela semana, a Globo exibiu 244 homicídios tentados ou consumados, 397 agressões, 190 ameaças, 11 seqüestros, 5 crimes sexuais com violência ou ameaça, 26 crimes sexuais de sedução, 60 casos de condução de veículos com perigo para terceiros ou sob efeito de drogas, 12 casos de tráfico ou uso de drogas, 50 de formação de quadrilhas, 14 roubos, 11 furtos, 5 estelionatos, e mais 137 outros, entre os quais: tortura (12), corrupção (4), crimes ambientais (3), apologia ao crime (2) e até mesmo suicídios (3).
E não se diga que isto é veiculado nos chamados programas para adultos. A programação infantil é repleta de imagens de violência, inclusive em desenhos animados, com 58 cenas diárias de violência. Projetando tal constatação, verifica-se que anualmente a Rede Globo propicia às crianças brasileiras a visão de 21.222 cenas de violência. Se considerarmos que a média diária geral da programação é de 166 cenas de violência, chegaremos à conclusão de que a programação infantil detém 34,9% da violência diária transmitida pela TV Globo.
Para os espectadores de novelas estão reservadas 150 cenas de crimes por semana (média diária de 21,4). Já os apreciadores de seriados têm à disposição 79 crimes semanais (média diária de 11,2). E quem acompanha a programação humorística e de variedades vai se deparar com 74 episódios violentos, principalmente agressões (média diária de 10,5).
Os documentos comprobatórios desta pesquisa encontram-se em poder do Dr. Nilo Batista, Secretário de Justiça do Estado, à disposição de quem desejar consultá-los. Estes números estarrecedores nos permitem questionar a autoridade moral da Globo, tevê e rádio, e do jornal O Globo e o papel destrutivo que vêm desempenhando. Já chamei a atenção de meus compatriotas para a instigante coincidência entre o crescimento das Organizações Globo e o crescimento da violência em nosso País. Esta pesquisa revela que não se trata de mera coincidência. Estudos criminológicos – os mais respeitados – advertem para as conseqüências da exposição de cenas de violência às crianças e às pessoas ainda imaturas. As Organizações Globo, quanto a este aspecto, representam uma autêntica e verdadeira escola do crime, reproduzindo e estimulando a cultura da violência, que encontra campo fértil numa sociedade fortemente marcada pela injustiça, pela pobreza e pelo atraso.
A Globo, que comete contra nossas crianças e jovens este crime – que países como os europeus de nenhuma forma admitiriam –, é a mesma que utiliza seus maiores e melhores espaços para destruir um programa educacional como o dos Cieps e dos Ciacs. Minha mensagem aos pais e avós é que defendam seus filhos e netos como puderem, enquanto combatemos – como o pequeno Davi diante de Golias – essa hidra gigantesca, diante da qual tantos se omitem ou, pior ainda, se intimidam e se curvam, submissos.
O que estes pesquisadores encontraram foi uma verdadeira escola do crime e da violência. Naquela semana, a Globo exibiu 244 homicídios tentados ou consumados, 397 agressões, 190 ameaças, 11 seqüestros, 5 crimes sexuais com violência ou ameaça, 26 crimes sexuais de sedução, 60 casos de condução de veículos com perigo para terceiros ou sob efeito de drogas, 12 casos de tráfico ou uso de drogas, 50 de formação de quadrilhas, 14 roubos, 11 furtos, 5 estelionatos, e mais 137 outros, entre os quais: tortura (12), corrupção (4), crimes ambientais (3), apologia ao crime (2) e até mesmo suicídios (3).
E não se diga que isto é veiculado nos chamados programas para adultos. A programação infantil é repleta de imagens de violência, inclusive em desenhos animados, com 58 cenas diárias de violência. Projetando tal constatação, verifica-se que anualmente a Rede Globo propicia às crianças brasileiras a visão de 21.222 cenas de violência. Se considerarmos que a média diária geral da programação é de 166 cenas de violência, chegaremos à conclusão de que a programação infantil detém 34,9% da violência diária transmitida pela TV Globo.
Para os espectadores de novelas estão reservadas 150 cenas de crimes por semana (média diária de 21,4). Já os apreciadores de seriados têm à disposição 79 crimes semanais (média diária de 11,2). E quem acompanha a programação humorística e de variedades vai se deparar com 74 episódios violentos, principalmente agressões (média diária de 10,5).
Os documentos comprobatórios desta pesquisa encontram-se em poder do Dr. Nilo Batista, Secretário de Justiça do Estado, à disposição de quem desejar consultá-los. Estes números estarrecedores nos permitem questionar a autoridade moral da Globo, tevê e rádio, e do jornal O Globo e o papel destrutivo que vêm desempenhando. Já chamei a atenção de meus compatriotas para a instigante coincidência entre o crescimento das Organizações Globo e o crescimento da violência em nosso País. Esta pesquisa revela que não se trata de mera coincidência. Estudos criminológicos – os mais respeitados – advertem para as conseqüências da exposição de cenas de violência às crianças e às pessoas ainda imaturas. As Organizações Globo, quanto a este aspecto, representam uma autêntica e verdadeira escola do crime, reproduzindo e estimulando a cultura da violência, que encontra campo fértil numa sociedade fortemente marcada pela injustiça, pela pobreza e pelo atraso.
A Globo, que comete contra nossas crianças e jovens este crime – que países como os europeus de nenhuma forma admitiriam –, é a mesma que utiliza seus maiores e melhores espaços para destruir um programa educacional como o dos Cieps e dos Ciacs. Minha mensagem aos pais e avós é que defendam seus filhos e netos como puderem, enquanto combatemos – como o pequeno Davi diante de Golias – essa hidra gigantesca, diante da qual tantos se omitem ou, pior ainda, se intimidam e se curvam, submissos.
(Leonel Brizola, 19 de janeiro de 1992,
no Jornal do Brasil)
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